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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"Crime (Crime)" - Irvine Welsh

Estava com enormes expectativas em relação a este livro, mas afinal acho que acabei por deixar-me levar... e caí num buraco qualquer...

Ray, um polícia escocês, foi passar férias a Miami com a sua noiva, Trudi. Mas, após uma discussão, separa-se dela e encontra-se com duas mulheres num bar. Após sairem, vai para a casa de uma delas e delicia-se com a cocaína.

Não é algo que nunca tivesse experimentado antes. Aliás, isso fê-lo recuar ao passado, quando investiga um caso de pedofilia na sua terra natal. Apesar de já terem condenado o culpado, Ray julga que a culpa do crime é sua. Vai-se a ver onde foi arranjar essa ideia.

Após a tal noite no apartamento, depara-se com a casa semi-destruída e uma aviso: levar a filha de Robyn (uma das toxicodependentes que havia encontrado na noite passada), Tianna, até à casa do tio no outro lado do estado.

Já sei que estão à espera de um pouco de adrenalina pela personagem principal, mas o que encontrarão será loucura, demência, pois Ray nunca larga o crime de pedofilia que investigara na Escócia. Nem uma única página que seja.

Ray não é alguém muito forte, pois ele continua a matutar sobre isto. Lembram-se de que muitos dizem que a fraqueza de um livro está nas personagens femininas? Pois, aqui parece que é ao contrário: a miúda que ele tenta salvar é que chega a mostrar-se a verdadeira heroína da história.

O livro chega a parecer expectante no início mas, como já referi, não vai levar a bons caminhos.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

"Os homens que odeiam as mulheres (Män som hatar kvinnor)" - Stieg Larsson

Estou há imenso tempo para ler esta série devido à boas recomendações que li por esta Internet fora. Mas, infelizmente, andei sempre a adiar. Pois, esta sou eu...

O jornalista de investigação Mikael Blomkvist acabou de ser julgado a três meses de prisão por difamação ao nome de um importante financeiro. Decide então, dar uma pausa e suspender o seu cargo de diretor adjunto da revista Millenium, deixando todo o trabalho à sua amante.

Na mesma altura, é convidado por um dos industriais mais ricos da Suécia, Henrik Vanger, à sua casa, no outro lado do país, numa ilha privada habitada apenas pela família.

Durante um ano é pago para que escreva a biografia da família Vanger. Ou pelo menos é este o seu disfarce. Henrik diz que, para além de fazer o livro, tem de decobrir o que aconteceu a Harriet Vanger, sobrinha do mesmo. Ele pensa que ela havia sido assassinada há cerca de quarenta anos, quando ela tinha apenas dezasseis. Henrik sabe que o culpado é um membro da sua própria família.

Uma personagem que gostei particularmente foi Lisbeth Salander, uma hacker e uma das melhores investigadoras de sempre. É contratada por Mikael para ajudá-lo a desvendar segredos há muito arrumados no armário e a desenterrar a verdade: o que realmente aconteceu naquele dia fatídico.

Porquê gostei da Lisbeth? Porque ela, ao contrário de muitas personagens femininas, é forte e independente. Sabe aquilo que quer e como pode atingír o seus objetivos. A míuda é medonha!

Mas terei que colocar um "mas" no meio disto tudo. A verdadeira ação do policial está escondida no final do livro, e são necessários capítulos e capítulos para que descubram uma única pista. Ou seja, as primeiras 200 páginas são enfadonhas, mostrando a mudança de vida de Mikael e alguns aspetos de Lisbeth, mas a partir daí é sempre a subir.

Já há filme para todos os livros da série. Vou colocar aqui o trailer, e para quem tiver curiosidade, leia o livro em primeiro lugar! Estamos entendidos?



"Vinho Mágico (Blackberry Wine)" - Joanne Harris

Não, eu não sou alcoólica. Mas tem momentos em que ato como tal. Apenas não me julguem.

Logo o título faz lembrar algo fantasioso, não é verdade. Uma espécie de elixir da mortalidade ou assim. Pois enganam-se. Eu também pensei dessa forma.

A história é contada por uma garrafa de "Fleurie" um vinho envelhecido e muito falador, com um suave trago a amoras. Esta garrafa foi oferecida a Jay Mackintosh por um amigo de infância.

A garrafa de vinho sente uma ligação forte com Jay a ponto de conhecer toda a sua vida passada, os seus sentimentos, angústias e pensamentos.

Na verdade, em tempos que já lá vão, Jay foi um escritor de sucesso, mas algo fê-lo cair no esquecimento. Até ao dia em que compra uma casa no sul de França por impulso e começa a escrever um novo romance. Tem tudo para voltar a estar nas bocas do mundo, mas não quer que ninguém descubra onde vive.

Na sua estadia, além de criar alguns laços, fica a conhecer a história de uma viúva, em que todos outros aldeões pensam que ela matou o próprio marido. Mas é por causa desses boatos que ela não consegue ter uma vida normal com todos os outros habitantes.

A história é bem bonita e elaborada. Como não é o meu género, surpreendeu-me o fato de ter gostado. É perfeito para quem aprecia livros fora do vulgar, com uma mistura de romance e drama.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dia #1 - A chegada do pequenote e o novo berço

Chama-se Afonso e nasceu no dia 23/2/11 às 8 horas da matina. Muito chorão...mesmo...

 Aqui está o pai babado a olhar-me desconfiado. Parece não gostar que ande por aí a tirar fotos ao pequeno...


 Afonso no seu novo berço. Feito por mim, é claro
Vejam só a cara de felicidade dele!

O começo de uma vida a...mãe galinha!

Literalmente.
Foi-nos pedido na disciplina de DPS que nos criássemos em casal um ovo como se fosse nosso filho. Pode parecer a coisa mais fácil do mundo. Enganam-se. Temos de ter todo o cuidado em não rachar ou partir o ovo de uma forma irrecuperável, e transportá-lo todos os dias num berço/alcofa criado por nós.

Uma vez por dia (pelo menos), durante umas 2 semanas, temos que deixar a criança na "creche". Cada hora será descontada no nosso orçamento familiar que é baseado nas nossas notas do final do 1ª período. Óbvio que melhores notas equivalem a mais dinheiro e melhores condições financeiras €€.

A partir de hoje será criado uma coluna cá no blog com o diário do nosso pequenote. Como estou a criá-lo com outro, postar todos os dias será uma tarefa impossível. Temos de tomar responsabilidade ambígua pelo nosso filho.

Antes de partir, quero que comentem a contar se já passaram por uma experiência como esta e narrá-la (filhos de carne e osso também contam).


sábado, 19 de fevereiro de 2011

"A vida de Pi (The life of Pi)" - Yann Martel

Um livro que o fará acreditar em Deus. Assim se intitula um livro que senti uma estranha conexão.

Pi Patel vive com os pais e o irmão mais novo num jardim zoológico gerido pela família, na Índia, até ao dia que resolvem sair do seu país e procurar uma nova casa no Canadá. Para o efeito, vendem todos os animais e transportam-se (a família e os animais) num frágil navio de carga.

A meio do Oceano Pacífico, uma tempestade arrasa com a embarcação, deixando apenas um pequeno bote salva-vidas à deriva, com a mais peculiar tripulação de sempre: um tigre de bengala, uma zebra, uma hiena, um orangotango e ele próprio, Pi.

Durante a sua luta pela sobrevivência, Pi aprende a viver com métodos que meteriam nojo a pessoa civilizada: matar tartarugas e comer peixe cru. Além disso, tem de controlar o mais perigoso animal existente à face da Terra, apenas para não ser comido.

Nas primeiras cem páginas apenas é contado a sua vida, que eu achei muito parecido com "Quem quer ser bilionário?" pelo fato de Pi também ter três religiões. Por falar nisso, ele sempre reza a Deus, mas não no sentido da fé cristã, mas no sentido Universal, ou seja, como o criador de Tudo.

Uma história muito bonita e muito singular. Algo que talvez o fará criar um rumo na sua vida.